Veja o depoimento do Henrique, aprovado no The Huntsman Program da University of Pennsylvania
Às vezes você fica se perguntando como seria morar fora do país e estudar numa universidade de prestígio? Quais são os processos para, realmente, estudar num país estrangeiro?
Que tal dar uma olhada no que o nosso aluno Henrique Mulinari, estudante do Colégio Suíço Brasileiro de Curitiba, que embarcou para realizar a sua graduação na University of Pennsylvania tem a dizer? Ele foi escolhido para participar do prestigiado The Huntsman Program, um concorrido programa de Dupla Diplomação em International Studies & Economics, e, antes de viajar, concedeu uma entrevista para a gradeUP, falando mais sobre como foi o processo de ser aprovado por uma das melhores universidades do mundo. Olha que bacana!
- Como foi a decisão de morar fora do país?
Henrique: Eu estudei minha vida inteira em um colégio internacional, o Colégio Suíço Brasileiro e acabei fazendo o IB. Então, minha vida estudantil inteira já foi moldada para eu tentar procurar algo a mais. Aprendi Alemão desde pequeno, Francês e o Inglês de base. Já estava prescrito, eu sempre quis ir para fora, explorar algo novo, sair do usual, de Curitiba e explorar o mundo. Acho que quando chegou a hora, eu já sabia o que eu queria, mas não tinha noção de como, onde e o que fazer. Tanto é que eu vim a decidir o meu curso bem para o final, quando eu já tinha escolhido as universidades que iria aplicar.
Acredito até que esse foi um dos motivos que me propulsionou a ir para fora, pelo fato de que quando eu estiver lá, não preciso estar tão decidido do que quero fazer. Eu ainda tinha uma mistura de ideias do que eu gostava, mas, no final das contas, eu acabei encontrando a minha mina de ouro. Era tudo que eu queria e gostava, e acabou dando certo. Mas a decisão de estudar fora já veio implantada, não foi algo que fui forçado por ninguém, foi sedimentada há muito tempo pela minha formação.
- Como o Colégio Suíço te auxiliou nessa trajetória de estudar fora?
Henrique: O IB é o currículo que eles promovem no Colégio Internacional e no Colégio Suíço, só aqui em Curitiba. É um currículo incrível, um diploma incrível que você tem que fazer muitas coisas e se envolver muito, como desenvolver trabalhos e pesquisas. Dá muito trabalho, mas você cresce absurdamente com isso, eu não trocaria por nada, como um currículo normal. Fora a questão da língua, que no meu caso, escolhi estudar o Dual Degree chamado The Huntsman Program que inclui International Relations and Economics com uma tarje em Languages, que vai ser Alemão porque eu já falava, o que acredito que também me ajudou muito a ser aceito.
O Colégio Suíço também me proporcionou a criação de projetos, como o da Model United Nations, que eu acabei criando. Isso fez com que meu currículo aumentasse e deixou o meu perfil mais bonito aos olhos da universidade. Então, sem isso, eu com certeza não teria entrado no programa [na UPENN]. Eu estudei minha vida inteira lá [no Colégio Suíço], desde os 7 ou 8 anos, então foi um processo lento, mas que valeu à pena no final.
- Como você conheceu a gradeUp? Como foi o processo de aplicação?
Henrique: A aplicação é algo bem complicado, pelo menos no meu ver. Para mim aqui no Brasil é algo tão simples: você faz um vestibular, tudo bem que são vários vestibulares, mas você estuda e faz o vestibular, e no final você passou ou não. Também cada um tem uma nota e você é basicamente um número para eles. Com a experiência que eu tive com a gradeUP nesse processo, lá fora você não é mais um número, você tem que mandar todo o seu currículo do Ensino Médio, tudo que você fez de trabalho voluntário, cartas de recomendação e os essays, que seriam as redações para as universidades. É algo bem mais complexo e era algo que eu não estava sendo muito bem assessorado, não tinha muito ideia de como iria funcionar por isso pesquisei por ajuda.
O Léo acabou por fazer uma palestra na escola, eu gostei muito e fiquei interessado. Acabei por marcar uma reunião aqui na Segunda e já na Sexta tinha fechado com a gradeUP, até mesmo porque estava na correria pois já era Julho e os processos já tinham começado. Com a assessoria da gradeUP tudo ficou mais claro, eu consegui distinguir as coisas e comecei a entender melhor o processo. Claro que eu tive também uma grande responsabilidade, tive que ler e entender tudo, correr atrás de cartas de recomendação e fazer os essays. Eu diria que é um processo difícil, mas que vale à pena porque no final você se conhece muito melhor do que você se conhecia antes. Coisa que aqui você não faz, eu tive que sentar e refletir sobre o que eu queria da minha vida, o que eu era, o que me diferenciava das outras pessoas para conseguir me apresentar para a Universidade. Isso é uma coisa que eles começam lá fora mais cedo, e ficam muito mais preparados do que aqui.
- Qual foi a importância da gradeUP no processo?
Henrique: Acho que foi um importante fator na equação que levou à minha aceitação, a gradeUP foi realmente essencial. Por ela fui apresentado a vários profissionais muito bons que me auxiliaram desde a escolha das universidades, na ajuda para fazer os essays e como me apresentar para a universidade. Até mesmo depois sobre as dúvidas sobre vistos e pagamentos, eles estiveram sempre prontos a me ajudar. E por isso eu acho que foi essencial.
- Como foi para você receber a notícia de que tinha sido aceito na UPENN?
Henrique: Foi insano, eu diria. Eu nunca tive uma ideia se queria estudar em Miami ou em NY, mas eu sempre quis algo muito bom. Minha seleção de universidades foi algo muito diversificado, no final eu ia acabar aplicando para 15 universidades em três continentes. Uma das recomendações que sempre me davam era procurar um clima que eu gostava, mas eu sempre optei pelas melhores. Então, ser aceito por uma delas foi, para mim, algo absurdo. Ainda coincidiu por cair no dia da minha formatura [do Ensino Médio]. Pois eu apliquei para UPENN em Early Decision então, a minha aceitação caiu bem no dia da minha formatura. Por isso, foi mais um motivo para comemorar, foi a melhor formatura.
- Como você está se preparando para estudar fora?
Henrique: Sobre a preparação psicológica da distância que vou enfrentar: eu estou muito ansioso por um lado, acredito que vai ser algo incrível. Tudo é novidade, muita coisa que eu vou aprender, muitas pessoas que eu vou conhecer e com isso eu estou muito animado para ir. Mas também tem o lado de deixar a família, a namorada e todo mundo, o que pesa. Mas acredito que se deve saber contrabalancear uma oportunidade incrível como esta que eu estou tendo. Esta é parte da preparação psicológica, já a preparação do que irei fazer lá e como eles vão me auxiliar, a UPENN, que é uma das maiores universidades estrangeiras, proporciona muitos e muitos resources para você se preparar e conhecer a universidade antes. Eu já tive que fazer de 3 a 4 módulos de algumas disciplinas que cursarei presencialmente. No caso, como as minhas aulas no Ensino Médio terminaram em Janeiro e minha universidade só começa em Agosto, cursei Alemão e Francês para não ficar muito ocioso. Lia bastante e fiz vários cursos online, mas acredito que vou entrar lá como a maioria das pessoas, preparado, motivado e pronto para novas aventuras.